Todos os dias as pessoas dos arredores do estábulo passavam e deixavam os seus presentes ao Menino. Ao verem a generosidade daquelas pessoas, as três árvores disseram umas para as outras:
- Nós que vivemos aqui ao lado, também, devíamos lhe dar presentes!
- Eu vou dar a minha folha mais larga – disse, de imediato, a palmeira.
- Quando vier o tempo do calor ele poderá abanar-se com ela e sentir-se mais fresco.
Por sua vez, a oliveira disse:
- E eu vou dar-Lhe o óleo que retiro dos meus frutos, para que ele seja ungido com ele e se torne forte e saudável.
- Mas que lhe poderei dar eu? – Perguntou, ansioso, o pequeno pinheiro.
- Tu? Tu não tens frutos oleosos e as tuas folhas são agudas e picam - disseram as outras duas árvores. - Tu não tens nada que possas dar!
O pequeno pinheiro ficou muito triste. Pensou muito, muito, em qualquer coisa que pudesse oferecer ao Menino que dormia ali ao lado, qualquer coisa de que o Menino pudesse gostar. Mas não tinha nada que pudesse dar e, por isso, continuava chorando.
Um anjo, que tinha ouvido a conversa toda, vendo a tristeza da arvorezinha, sentiu muita pena dela, por sentir que nada tinha para dar ao Menino Jesus. Era noite e o céu estava lotado de estrelas brilhantes. Então o anjo, muito de mansinho, trouxe-as todas, uma a uma aqui para baixo, desde a mais pequenina à mais brilhante e colocou-as nos ramos e nas folhas pontiagudas do pinheiro. Dentro do estábulo, o Menino acordou e olhou para as três árvores do lago ao lado do estábulo, contra a escuridão do céu. De repente as folhas escuras do pinheiro brilharam, resplandecentes, porque nelas as estrelas descansavam como se fossem elas as próprias folhas.
Que lindo estava o pequeno pinheiro, que pensava não nada tinha para oferecer ao Menino...
E o Menino Jesus levantou as mãozinhas, tal como fazem os bebés, e sorriu para as estrelas e para aquela árvore que lhe iluminara a escuridão da noite.
E desde então o pinheiro ficou sendo, para sempre, a Árvore do Natal, onde se colocam as lâmpadas a brilhar como as estrelas, naquela noite.
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